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quarta-feira, 18 de março de 2009

The State of the News Media 2009: o fim dos jornais?

Com informações do Knight Center for Journalism



No seu relatório anual, "The State of the News Media 2009", que traz uma análise detalhada do mercado de mídia nos Estados Unidos, o Project for Excellence in Journalism (PEJ), do Pew Research Center, confirma resultados pessimistas sobretudo para os jornais impressos.

Mesmo antes da recessão, a indústria jornalística já buscava alternativas para garantir a sobrevivência. Com as receitas em queda, os meios de comunicação lutaram para encontrar novas formas de coleta de notícias online e de financiamento para a transição digital. Enquanto isso, a migração da audiência para a internet e o desmoronamento do sistema econômico davam novos sinais da gravidade da situação, destaca o relatório em sua introdução.

O relatório também identifica seis principais tendências para o mercado de mídia:
  • O debate de como financiar a indústria de notícias pode estar concentrando-se em soluções erradas, enquanto ignora outras idéias.
  • O poder está sendo transferido ao jornalista individual, afastando-se das organizações jornalísticas.
  • Na web, as organizações de notícias estão concentrando-se menos em atrair o público e mais em desenvolver novas formas de distribuição de conteúdo.
  • Os meios de comunicação estão formando parcerias com antigos rivais.
  • Em 2008, os canais de TV por assinatura “estiveram perto de se converter na principal plataforma televisiva para o discurso político americano”.
  • Na cobertura da campanha eleitoral, os meios de comunicação foram “mais reativos e passivos e menos investigadores dos candidatos” do que no passado.

Sobre a questão da campanha eleitoral norte-americana, o relatório confirma uma tendência pró-Obama entre os jornalistas.

Entre os jornais: Obama teve 50% de matérias positivas, 23% de matérias negativas e 27% de neutras, enquanto McCain teve 5% de positivas, 65% de negativas e 30% de neutras.

Em toda a mídia: foram 38% de positivas, 27% de negativas e 34% de neutras para Obama, contra 14% de positivas, 57% de negativas e 29% de neutras para McCain.

Deve-se ressaltar que, nos EUA, a grande imprensa tende a declarar abertamente apoio a um ou outro candidato, o que, em vez de ser temido e reprovado, deveria ser tomado como exemplo e desejado.

Clique aqui para baixar uma versão-síntese do relatório, em pdf.

Publicado por Thyago Silva Mathias

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