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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Para refletir sobre 2008 e evitar em 2009

O vento leva
por J.R. Guzzo,

coluna de Veja, 24/12/2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do seu sexto ano de governo com mais uma arrancada de declarações prodigiosas. "Tenho certeza de que vou fazer a minha sucessão", afirmou, numa das últimas ocasiões em que subiu ao palanque. Como a sucessão vai ser feita de qualquer jeito, o que Lula quis dizer, segundo se imagina, é que vai fazer o seu sucessor – ou seja, o homem já sabe, desde hoje, que o vencedor da eleição presidencial de 2010 será o candidato escolhido por ele. É o tipo de coisa que não deveria estar dizendo, tão antes da hora e tão pouco tempo depois de ter jurado que Marta Suplicy, a candidata na qual jogava todas as fichas nas últimas eleições municipais, seria eleita para a prefeitura de São Paulo. "Podem escrever: a Marta vai ganhar esta eleição", garantiu Lula alguns dias antes de sua preferida levar uma das maiores surras que os eleitores da cidade já aplicaram em alguém nos últimos anos. Com que cara ficaria quem tivesse escrito isso? Problema de quem acreditou; garantias dadas três meses atrás já são, para o presidente, material enterrado no fundo do arquivo morto. Lá vai ele de novo pela mesma trilha, sem mudar de idéia e sem mudar de assunto.

Adiantaria alguma coisa as pessoas acreditarem ou não naquilo que diz o presidente da República? Talvez não faça grande diferença, pois os fatos continuam sendo os fatos, não importa o que Lula diga sobre eles. Mas vai ficando claro que em geral faz papel de bobo, ou perde o seu tempo, quem leva a sério o que o presidente diz. Lula, com certeza, desrespeita o público quando insiste em dizer qualquer disparate que lhe passe pela cabeça. E o público, por sua vez, também não precisa mais respeitar o presidente, quanto se torna inútil prestar atenção nos seus discursos. Por que haveria de respeitar, se não é respeitado? Na verdade, o chefe do governo dá a impressão, freqüentemente, de ser o primeiro a não ter respeito por suas próprias palavras, ou de não estar interessado em saber se elas são respeitadas ou não.

O que se pode pensar de diferente, por exemplo, diante da última tirada de Lula sobre as semelhanças entre a Presidência da República e a medicina? O presidente, neste seu embalo de fim de ano, ensinou que um bom médico deve dizer a verdade ao seu paciente, mas ao mesmo tempo precisa animá-lo com a perspectiva de novos remédios e avanços científicos; não pode, diante de uma doença séria, simplesmente lhe dizer "sifu". Está certo, não pode mesmo, mas por que falar desse jeito? A desculpa dada pelo mundo oficial é que Lula, no caso, estava falando na "linguagem do trabalhador". Conversa. O trabalhador de verdade, quase sempre, faz justamente o contrário: fora da sua intimidade, toma muito cuidado com as palavras que emprega, e presta muita atenção para não parecer mal-educado diante de quem as ouve. Lula não disse "sifu" porque queria entrar em comunhão com o povo, mas porque não pensou no que estava falando – só isso e nada mais. Palavras, para o presidente, são coisas baratas, que vêm com o vento e vão embora com ele. Podem até ser apagadas das transcrições oficiais, como aconteceu com a expressão usada nesse episódio, sob a extraordinária justificativa de que ela ficou "inaudível"; um caso de alucinação em que todo mundo ouve exatamente a mesma coisa, salvo o funcionário encarregado de colocar por escrito a fala do chefe.

O palavreado ao acaso de Lula fica menos engraçado quando deixa sua função de animar auditório e passa a ser utilizado, como vive acontecendo, para envenenar o debate público e ocultar deliberadamente a verdade. Há um método aí. Mais uma vez, dias atrás, o presidente repetiu que "tem gente torcendo" para o Brasil quebrar. "Tem gente que vai deitar rezando: ‘Tomara que a crise pegue o Brasil, para esse Lula se lascar’ ", afirmou. Nunca diz quem é essa "gente"; deveria dizer, é claro, para o público se defender das pessoas que pretendem quebrar o país. Mas o que Lula quer é outra coisa – é passar a idéia de que quem se opõe a ele e ao seu governo é inimigo do Brasil. Da mesma forma, partiu para cima dos "empresários que na primeira diarréia" correm atrás do governo pedindo dinheiro. Quem são eles? Lula não deu o nome de nenhum. O grande nome que se sabe, nessa história de receber favores do governo, é o de uma empresa chamada Telemar, com a qual está acontecendo exatamente o que Lula faz de conta que condena – na verdade, briga como um leão por ela, mesmo se para ajudá-la for preciso mudar a lei. Fato, por enquanto, é só esse.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Bicho Homem...

“O homem é um animal que indaga obsessivamente sua origem”
(Beija-Flor, sinopse, 1996)

por Augusto Carazza

No afã de responder as perguntas “De onde vim? Para onde vou?”, que o inquietam desde sempre, o homem deu início a mais ambiciosa experiência científica da história. No último dia 10/09 entrou em funcionamento, na Suíça, a máquina de colisão de partículas (Grande Colisor de Hádrons) do Cern (Organização européia de pesquisa nuclear), que pretende reproduzir, em escala menor, as mesmas condições do Big Bang, que, supõe os cientistas, seja o estopim da criação do universo. Iniciativa fantástica que só corrobora o aspecto ‘revirante’, curioso deste animal. Salve a curiosidade! Ou como diz Max Lopes: “Não me proíbam criar, pois preciso curiar!”.

Tal curiosidade (o que somos?) também atiçou a mente de nossos carnavalescos que, invariavelmente, trouxeram-nos enredos instigantes, visando “dar conta” deste mundo, deste Haver. Começamos, por exemplo, pelo Aurora do Povo Brasileiro, de 1996, idealizado pela “vovozinha” Milton Cunha (divertido, como sempre, foi assim que ele se identificou para uma repórter da TV Globo ao explicar o enredo). O ponto de partida foi o fóssil feminino de mais de 10 mil anos, descoberto pela equipe da arqueóloga Niéde Guidon, na Serra da Capivara, Piauí, chamada de Aurora por Milton. O começo do Brasil, portanto, ocorreu a milhares de anos antes da chegada dos portugueses. Já havia algo por aqui... Apesar da exaltação à Aurora, não há como confirmar, de fato, um início do Brasil, do planeta ou do universo e o refrão do samba da Beija evidencia esta angústia: “Ô..Ô..Ô.. “Mãe Negra, África! Diga quem eu sou, de onde vim, para onde vou”.

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domingo, 28 de dezembro de 2008

AQEA: artista que é artista

por Augusto Carazza

Vamos falar de amor... Para isso, tomaremos como exemplo a Festa dos Protótipos – festa que revela como é nosso comportamento em relação ao amor do outro. Ela gera grande expectativa por parte dos integrantes e torcedores das agremiações, porque estes querem, enfim, ter uma idéia de como sua escola de coração passará pela avenida – Bonita ou feia? Luxuosa ou pobre? Chique ou brega? A partir desta primeira análise, surgem os comentários, muitas vezes, descabidos e apaixonados que, inclusive, já apontam, de forma precipitada, as campeãs e rebaixadas do ano seguinte. Todavia, a expectativa maior é para quem os idealiza e coordena sua execução – os carnavalescos. O peso é muito maior para estes artistas, porque estão submetendo suas criações ao gosto do público, de todo tipo de público, aliás. Naturalmente, isso cria uma ansiedade absurda e perguntas como “Será que as pessoas estão gostando? Será que estas fantasias refletem a história da escola? Agradaram ou não?”. Este processo é natural, mas perigoso, porque o artista tem como referencial o outro, ou melhor, o “amor do outro” e isto é um problema no que se refere à potencialidade criativa, que deve ser livre para qualquer artista.

Para muitos, o número de pessoas que aprovam nossas ações é correlato da qualidade daquilo que produzimos. Quanto mais ruidoso o aplauso, maior evidência de que fomos bem sucedidos. Esse tipo de raciocínio, no entanto, acaba por reduzir a qualidade à submissão ao gosto médio, àquilo que agrada ao grupo, à massa. Na realidade, isto não é o problema mais grave, mas, sim, quando hipnotizados pelo amor do outro, ficamos impedidos de ir além. Como assim?

É simples: para agradar ao outro, aos desejos do outro, muitas vezes renunciamos aos nossos próprios desejos, o que é terrível para nosso desenvolvimento criativo. Somos seduzidos facilmente, qualquer agrado nos satisfaz, porque ele nos insere na zona de conforto: eu sou amado! Porém, a busca deste amor é ilusória e é uma das grandes causas do sofrimento humano, porque acreditamos que nossa realização está na compreensão do outro, mas isso é impossível, a relação é impossível.

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Transgredir é superar uma história de dominação

“Você é uma mulher preta, feia e pobre!”, Albert (Danny Glover) dispara contra Celie (Whoopi Goldberg) em um dos muitos momentos em que A cor púrpura (The color purple, EUA, 1985), dirigido por Steven Spielberg, faz questão de dizer a que veio: expor histórias tipicamente humanas de dominação.

Mais do que o contexto das quatro primeiras décadas do século XX no sul dos Estados Unidos sugere, não é apenas o preconceito que envolve a submissão de negros por brancos que está em questão. Mesmo exclusivamente entre negros, o controle do mundo – ou dos pequenos mundos dos convívios particulares – parece subsistir na dominação da mulher pelo homem, do belo sobre o feio, do pobre em serviço do rico ou politicamente poderoso, do pai ou da autoridade moral semelhante sobre seus filhos, do colonizado diante do colonizador (nas cenas da África).

Celie consegue a proeza de encarnar todas essas submissões possíveis e sobreviver, apesar de uma vida cujas únicas características são o sofrimento e a esperança descrente da redenção, no reencontro com a irmã Nettie (Akosua Busia). A personagem de Whoopi encarna o conjunto humano que se submete, embora, na vida, exerça seus pequenos domínios e se vinga também naqueles tantos outros que, por um motivo ou outro, se encontram em posição inferior. Na realidade do mundo, poucos são os que são apenas dominadores ou apenas dominados na totalidade de suas relações.

No filme, como no mundo, despontam párias que assim são caracterizados justamente por tentar escapar à lógica da dominação, quando tinham tudo para prevalecerem ao lado dos submissos. Tanto Sofia (Oprah Winfrey) quanto Shug Avery (Margaret Avery) usam aquilo que lhes resta, a força bruta ou o apelo sexual, para sobreviver sem ter que se submeter, para encontrar um lugar novo no mundo que lhes pudesse ser menos sofrido, mas que, ao mesmo tempo, lhes impõe novos sofrimentos, uma vez que a estrutura de dominação social do sistema procura, sobretudo, punir aqueles que tentam escapar a suas garras.

Sofia e Shug, como Celie, sabem o que seria certo a fazer. Se não o fazem, é a percepção de seguir o caminho reto, ainda que certo, não lhes fará mais do que ovelhas do mesmo rebanho triste e doentio mantido sob o chicote da moralidade, do poder político e dos diversos tipos socialmente legítimos de comando. Não surpreende, pois, nesse clássico do cinema americano, que, depois de terem seguido a sua própria maneira um pouco torta o caminho que tinham à frente de si, Sofia e Shug, como Celie, não busquem outra coisa que não a redenção, amparada na compreensão do outro. Esta, porém, parece bem mais provável nas telas do que na vida.


Shug Avery canta "Miss Celie's Blues"


Cena da redenção: "God is trying to tell you something"

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Rio: Cidade Partida

(Apresentada à PUC-Rio, em junho de 2008)

Uma cidade dividida entre o morro e o asfalto. Esse é o cenário da história contada por Zuenir Ventura, a “cidade partida”. Trata-se de um espaço real – o Rio de Janeiro dos extremos: comunidades carentes e condomínios de luxo, escassez e abundância, marginalidade e inclusão, bandidos e sociedade. Para passar de um ponto ao outro, o jornalista incorpora uma cartilha própria de comunicação comunitária e integra-se à realidade, aos medos e aos sonhos da favela de Vigário Geral. Seu livro é um misto de diário e reportagem ao estilo mais literário do newjournalism. Nele, o leitor acompanha o autor através do paralelo que divide os dois mundos – a passarela sobre a linha do trem – buscando compreender as raízes da violência que nos assombra.


A primeira parada é o Rio dos “anos dourados”. Zuenir volta à década de 50 e encontra, nesse que é considerado o tempo de glória da cidade, as raízes e primeiras manifestações da violência carioca. Enquanto dois jovens jogavam Aída Curi do alto de um prédio em Copacabana, o Chefe de Polícia autorizava o “extermínio puro e simples” de malfeitores e os esquadrões da morte faziam justiça colando umbigo de bandido, à bala, na parede, faltavam políticas de planejamento urbano e rural e sobravam ações que visavam remover comunidades carentes para guetos distantes dos olhos da classe média. De um lado, demonstrava-se que matar podia ser um direito, sem punições para setores da elite. De outro, delineava-se o isolamento que só manteria a cidade dividida ao longo dos anos, mas cuja existência só seria notada quando fosse rompido e o barulho dos tiros passasse a ser ouvido junto ao asfalto.


Já nos anos 90, as gangues de arrastão que espalhavam o terror nas praias da zona sul, formando paredões humanos que tomavam tudo o que encontravam pela frente, eram um sinal de alguma coisa estava errada. Meninos de rua foram mortos por policiais em frente à igreja da Candelária. O barulho se tornava mais alto. Algum tempo antes, em agosto de 1993, 21 pessoas foram assassinadas na chacina de Vigário Geral. O motivo do crime: a cultura do extermínio, ainda resistente na polícia, aplicada à vingança em um esquema de extorsão do tráfico pela própria polícia.


Aquele foi o momento do “basta!”. A partir de um movimento de Walter de Carvalho, editor de O Dia, Betinho conseguiu mobilizar personalidades de destaque na sociedade carioca em torno de um movimento pelo fim da violência. Mesmo concorrentes diretos nos negócios, como os representantes de O Globo e do Jornal do Brasil, concordavam com a idéia de que “o Rio tem que ser um só”. Assim, estava confirmada a imagem do Rio como “cidade partida” entre sociedade civil e bandidos e firmado o projeto segundo o qual seria pela integração dos últimos pelos primeiros, não pelo extermínio, que se chegaria à solução dos problemas. Nesse sentido, a condução das reuniões por Betinho, depois assumida por Rubem César, dando origem ao Viva Rio, permitiram que o movimento seguisse a linha da inclusão social e da mobilização pública no combate à criminalidade.


Zuenir Ventura procura mostrar, em seu livro, que duas das dicotomias da cidade não deveriam ser confundidas. A relação entre asfalto e favela não poderia ser diretamente associada à relação entre sociedade civil e criminalidade; ou seja, favela e crime não são sinônimos. Para pesquisar e, depois, provar isso, o jornalista integra-se à vida da comunidade – ainda como um elemento estranho, mas aceito – e participa dos seus ritos sociais (o baile funk, o churrasco de batizado, as rodas de conversa no botequim). Sua pesquisa estende-se, ainda, até a aproximação com os integrantes do tráfico e a entrevista com o líder Flávio Negão é o ponto alto do trabalho de Zuenir. Com ela, descobrimos um rapaz que começou a trabalhar aos onze anos, vendendo verduras, e entrou para o crime aos 19, quando se deparou com uma família em crise, com um irmão preso e com o desemprego.


A entrevista, obviamente, não absolve Flávio Negão, porém revela como favela e crime foram se associando no imaginário da sociedade. Tendo vivenciado aquela realidade, o autor transmite a compreensão de que a escassez, aliada à falta de perspectiva, leva à tolerância para com o que deveria ser considerado naturalmente errado. Quando uma família não consegue impedir que um filho seu vire bandido, resta-lhe somente aceitar aquela opção resignadamente. A convivência harmônica entre os dois amigos de infância, Caio Ferraz, sociólogo, e Flávio Negão, líder do tráfico, é prova disso.


Caio Ferraz foi a ponte que levou para dentro de Vigário Geral os ideais de inclusão e mobilização social propostos pelo Viva Rio. Com o apaziguamento do tráfico, a revitalização e colaboração de associações de moradores e com apoio externo, Caio conseguiu levar adiante a Casa da Paz. Sediado no imóvel onde foi morta uma família durante a chacina de 1993, esse projeto buscaria dar ocupação e qualificação aos jovens, de forma a afastá-los da criminalidade, e é emblemático por esse duplo significado de recuperação. Acompanhando a história de Caio, de Vigário Geral e do Rio, Zuenir Ventura aponta um exemplo de esforço pela recuperação da sociedade por meio do seu fortalecimento. Só a sociedade forte, pois integrada, poria um fim à distância que permite o crescimento de um outro lado, o do crime, que se alimenta da marginalização.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

18 de dezembro: inauguração da Cidade da Música do Rio de Janeiro



"Inaugurou-se ontem o suntuoso monumento com que a prodigalidade municipal dotou a cidade. O edifício colossal e soberbo parecia uma imensa mole de granito, mármore, ouro, bronze e vidros, resplandecendo à luz branca que jorrava do seu bôjo numa fulguração que deslumbrava. A multidão olhava para o teatro como tomada de assombro ante aquela grandeza, fruto de uma megalomania e abria alas para os que lá dentro iam assistir ao espetáculo de inauguração...”

Jornal do Commércio, 15 de julho de 1909, sobre a inauguração do Theatro Municipal

A história se repete. Daqui a cem anos, haverá enredos e comemorações para a Cidade da Música carioca de Christian de Portczampark? A conferir.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Revirão no Samba

Lage, Magalhães e Barros – Três histórias de ‘reviramento’ no carnaval carioca
por Augusto Carazza

O que Lage, Magalhães e Barros têm em comum? Os três já aplicaram (se assim podemos dizer) o Revirão, ou seja, reinventaram-se. Mas, do que se trata? A princípio, faz-se necessário explicar o que entendemos por ‘reviramento’. O que diferencia a espécie humana das demais é justamente a capacidade de revirar uma situação posta, tanto pelo próprio homem, quanto pela natureza. Esta última, por exemplo, traz a seguinte pedra no caminho: “homem, você não pode voar!”, todavia, esse ser ‘doidinho’, dotado da capacidade de ‘revirar’, inventa um aparelho que dribla a natureza e, assim, facilita sua vida, ao diminuir distâncias. Há vários outros exemplos de mesma ordem...

No campo cultural, essa história também procede quando fórmulas desgastadas – cinema, televisão, literatura, arte, psicanálise, carnaval – forçam, em determinado momento, a emergência do ‘Novo’, que logo se tornará velho. Porém, como este ‘Novo’ pode emergir? Não é tarefa fácil, como já adiantamos! Eis um comentário do psicanalista MD Magno (o conceito do ‘revirão’ foi criado por ele) sobre tal problemática: “alguma coisa nos acossa de tal maneira que, de repente, podemos ficar angustiados. Aí é que há possibilidade de acontecimento de uma tentativa, uma ocasião, de se virar. É só eventualmente que o Vira-ser comparece” (Natureza do Vínculo, 1993, p.27). Deste modo, o surgimento de algo novo vem a partir de uma insatisfação (que provoca angústia) com algo estabelecido (“lixo cultural”), que já não mais faz sentido, abrindo, assim, caminho para um novo discurso, que irá re-ordenar o status quo (por um tempo). Tais conceitos também podem ser observados no caminhar do carnaval.

Virando nas viradas desta vida...
Renato Lage – então carnavalesco de Castor – imprimiu sua marca ao desenvolver o enredo “Vira, virou, a Mocidade chegou!” Num momento em que a escola de Padre Miguel passava por um período delicado, pois com a morte de Fernando Pinto (1987), a agremiação ficou (nos dois anos que se seguiram) “perdida” numa espécie de ‘crise existencial’ semelhante a que seria vista mais adiante, nos anos 2000... Precisava, portanto, de uma virada. E esta veio com Renato e Lilian que souberam entender o momento pelo qual a escola estava passando para, enfim, imprimirem um modelo campeão. Com diz Magno, o ‘Vira Ser’ comparece em momento de crise (angústia), pois esta é a fonte de novas idéias, é o que nos move em direção a algo que faça sentido.


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Começam os ensaios-técnicos do Carnaval 2009

Inteiramente gratuitos, seguros e animados, os ensaios técnicos são a melhor oportunidade para entrar no ritmo do carnaval carioca. Pela primeira vez, as escolas de samba do Grupo de Acesso A vão dividir com a atenção do público com as do Grupo Especial.

Confira o calendário das agremiações, na Marquês de Sapucaí:

Dezembro
05 (Sexta-Feira) - Beija-Flor - (21 hs)
07 (Domingo) - Império Serrano (20hs) e Mangueira (22hs)
12 (Sexta-Feira) - Vila Isabel (21hs)
14 (Domingo) - Unidos da Tijuca (20hs) e Mocidade (22hs)
19 (Sexta) - Salgueiro (21hs)
20 (Sábado) - Renascer de Jacarepaguá (18:30hs), Portela (20hs) e Imperatriz (22hs)
21 (Domingo) - São Clemente (18h30) e Grande Rio (20hs)

Janeiro
09 (Sexta-Feira) - Mangueira (21hs)
10 (Sábado) - Paraíso do Tuiuti (19hs) e Império Serrano (21hs)
11 (Domingo) - Caprichosos (18h30), Grande Rio (19hs) e Beija-Flor (21hs)
16 (Sexta) - Tijuca (21hs) e Império Serrano (23hs)
17 (Sábado) - Porto da Pedra (20hs) e Portela (22hs)
18 (Domingo) - Império da Tijuca (18h30), Vila Isabel (20hs) e Salgueiro (22hs)
23 (Sexta) - Mocidade (21hs) e Imperatriz (23hs)
24 (Sábado) - Porto da Pedra (20hs)
25 (Domingo) - Rocinha (18h30), Mangueira (20hs) e Viradouro (22hs)
30 (Sexta) - Império Serrano (21hs)
31 (Sábado)- Estácio (19hs) e Portela (21hs)

Fevereiro
01 (Domingo) - Santa Cruz (18:30hs), Grande Rio (20hs) e Vila Isabel (22hs)
06 (Sexta) - Mocidade (21hs)
07 (Sábado) - Inocentes de Belford Roxo (18h30) e Porto da Pedra (20hs)
08 (Domingo) - União da Ilha (18h30), Tijuca (20hs) e Salgueiro (22hs)
14 (Sábado) - Imperatriz (21hs)
15 (Domingo) - Teste de som e luz da Sapucaí com a Beija-Flor (21hs)

domingo, 30 de novembro de 2008

O Retrato das Almas...

por Augusto Carazza

Estamos aqui por amor ao Carnaval. Amor a esta festa que, de algum modo, por motivos muitas vezes inexplicáveis, acossou-nos de tal forma que não há mais escapatória. Eis um objeto que nos amarra, que nos força a produzir algo – seja samba, enredo, artigos, fantasias, alegorias – para dar conta do ‘vazio’... O que seríamos de nós sem o Carnaval? E olha que temos que ter paciência, afinal esta manifestação cultural nem sempre é tratada como deveria e, por tal razão, pensamos em desistir, em abandoná-la. Sim, às vezes, passamos por este momento, sobretudo pós quarta-feira de cinzas. Seria, portanto, pertinente convidá-los a abandonar este dia da semana?

As desilusões estão aí mesmo e sempre deparamo-nos com elas. A energia que gastamos para acompanhar esta festa e sustentá-la é grande. Logo, quando presenciamos fatos que contribuem para a perda de sua legitimidade, reagimos de imediato, pois queremos justiça etc... Porém, sabendo que o sistema, condutor deste espetáculo, é assim mesmo, o que fazer? Uma coisa é certa: ele é extremamente frágil, apesar de parecer-se poderoso. Na era da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), as instituições procuram trabalhar de forma assertiva os conceitos de imagem e reputação, isto significa que não basta parecer ético, tem que ser! As empresas, por exemplo, não só precisam desenvolver uma gestão empresarial responsável como, também, patrocinar projetos que estejam em consonância com as diretrizes desta responsabilidade social.

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"Mera coincidêndia" e "Cidadão Kane": Esses homens voadores e suas guerras maravilhosas













A idéia de manipulação pela mídia não é nova no cinema americano. Ela chegou a ser taxada de “quarto poder” em uma produção homônima (Mad city, no original), de 1997, para a qual o diretor Constantin Costa-Gavras foi buscar inspiração no clássico de Billy Wilder, A Montanha dos sete abutres (Ace in the hole), de 1951. Mais, porém, do que um instrumento de ascensão para um jornalista ambicioso ou descrente do mote “diga a verdade” – que decora a redação do jornal, no filme de Wilder –, o poder midiático pode ser, ele próprio, vítima de manipulação, enquanto meio, quando uma boa estratégia política sabe explorar suas fraquezas e o exige, para fins particulares.

Nada melhor, na ficção e na história que se tem como real, do que uma guerra para mobilizar a atenção da mídia e distrair ou conquistar o eleitorado. Embora a eclosão de um conflito pudesse ajudar Bill Clinton, após os escândalos que envolviam a prática de relações quase sexuais no Salão Oval da Casa Branca, ele preferiu não trilhar o caminho apontado por um colega seu, na ficção Mera coincidência (Wag the dog, EUA, 1997). Ainda que não se possa falar em “coincidência” quando se trata da contemporaneidade do filme em relação ao affair Lewinsky, entretanto, vale recordar uma explicação que o próprio diretor Barry Levinson deu à imprensa, na ocasião: “Este não é um filme sobre um presidente específico e sim sobre a entidade presidencial na era moderna e como 20 anos de intercâmbio entre política, entretenimento e a mídia fizeram com que nos tornássemos mais manipuláveis”.

A manipulação, na tela, desenvolve-se como conseqüência de uma acusação de assédio sexual feita por uma jovem contra um presidente americano – não-identificado – em plena campanha de reeleição, 11 dias antes do pleito. Esse é o prazo que o marqueteiro Conrad Brean (Robert De Niro) e o produtor de cinema Stanley Motss (Dustin Hoffman) têm para criar um fato que desvie a atenção da mídia e, se possível, ainda congregue a nação em torno de seu líder máximo, Comandante em Chefe. Eis que surge uma ameaça de guerra entre Estados Unidos e Albânia.

O filme de Levinson ironiza a ignorância do povo americano em relação ao que se passa além de suas fronteiras. Em certa altura, Brean justifica-se: “Quem, neste país, sabe alguma coisa sobre a Albânia?” Se na ficção ele prova que tem razão, fora dela esse alheamento folclórico parece consistir numa subversão da máxima com que o presidente James Monroe resumiu sua doutrina de política externa, em 1823. Em vez de “a América para os americanos”, pouco mais de um século de consolidação do território e identidades nacionais podem ter resultado em “para os americanos, a América” e nada além dela, exceto para águias e falcões belicosos de Washington.

Em um cenário como esse, não é difícil mobilizar uma população centrada em si, mas ignorante do outro, em torno de um esforço de guerra. Basta convencê-los de que há um fim moralmente legítimo para isso, como a defesa da democracia, dos direitos humanos ou da integridade nacional diante de ameaças incomuns. Em seu American diplomacy, George Kennan (1951) mostra como se desenvolveu o processo de legitimação da hegemonia norte-americana por meio do discurso idealista; ao menos, desde Wilson (1912) e por quase a totalidade do século XX.

Enquanto acontecimentos pontuais embasaram o discurso oficial pela entrada dos EUA na I Guerra Mundial, foi com fundamento na oposição entre democracia e nazismo ou comunismo – ameaças que, apesar de territorialmente distantes, foram levadas, tão somente como ameaças, para dentro de casa – que se deram as participações em conflitos da II Guerra ao Vietnã, com uma passagem pela Coréia. Nada distante, após o 11 de setembro, a ameaça invisível do terrorismo foi corporificada no conceito de “estado terrorista” ou “estado conivente com o terror” ou, simplesmente, “Eixo do Mal”, para justificar ideologicamente as guerras do Governo Walker Bush (filho), com apoio inicialmente unânime da imprensa norte-americana. Se a Clinton foi tardia a exibição de Mera coincidência, não faltou tempo para que a assessoria de marketing de seu sucessor aprendesse com Levinson, Brean e Motss como fabricar uma guerra e convencer a mídia, a multiplicadora, de sua congruência factual ou ideológica. Quem, naquele país, sabia alguma coisa sobre o Afeganistão?

Imagens de mulheres afegãs cobertas com burqa ou de valas de crianças curdas massacradas no norte do Iraque mostraram-se capazes de produzir tanta comoção quanto a de uma albanesa que corre da linha de tiro com seu gatinho branco nos braços. Resgatadas do baú de imagens da primeira Guerra do Golfo (1990), elas se comparam ao resgate de uma suposta canção da década de 1930 no acervo da Biblioteca do Congresso e logo transformada em hit, por Willie Nelson e outras estrelas e listras, com um coral messiânico à “We are the world”. A idéia é a de que não se pode deixar para trás soldados, velhos sapatos e a memória das vítimas do terror.

Pródiga em imagens, a guerra de Herbert Walker Bush (o pai) pode ter marcado na memória como o primeiro confronto transmitido ao vivo para os lares da América, mas, ainda idealmente justificado na manutenção da ordem e soberania em um estado aliado, não teve tempo para garantir a vitória re-eleitoral do primeiro presidente Bush e nem para ser desmentida publicamente – se é que deveria ser desmentida. Jean Baudrillard achou que sim.

Na coletânea de ensaios The Gulf War did not take place (1995), o sociólogo francês questiona o estilo apresentado pela Guerra do Golfo – um combate tão fora dos padrões que teria existido mais como imagens de radar e de coberturas televisivas do que como um enfrentamento real. O que foi considerado real, aliás, para a opinião pública norte-americana, não passaria de “simples imagens do que é real”, travestindo de informação aquilo que se tratava, no fundo, de uma “prostituição da imagem”. Tal é a discussão levada às telas por Barry Levinson e, mesmo pouco antes dele – mas bem depois de Wilder, que focou na manipulação da informação e não da guerra – por Michael Moore, em seu Canadian bacon (EUA, 1995).

Se, no final do século XX, forjar uma guerra com o fim de distrair a opinião pública pode parecer verossímil apenas na ficção, embora forjar seus fundamentos possa ser tão real quanto o provado pelos três governos Bush, deve-se imaginar as possibilidades existentes, no fim do século XIX, para um homem de imaginação. Quase tão próxima do território norte-americano quanto o Canadá (não cabe aqui discutir se as terras canadenses também não seriam norte-americanas, uma vez que se procura aqui simplesmente evitar a adjetivação “estadunidense”) do filme de Moore, a Cuba de 1897 não dispunha de imagens transmitidas em tempo real para desmentir supostas atrocidades espanholas contra a colônia, conforme noticiado pela crescente imprensa marrom (yellow journalism), sobretudo nos jornais de William Randolph Hearst.

Representado no cinema pelo Cidadão Kane de Orson Welles (Citizen Kane, EUA, 1941), Hearst, em sua versão ficcional, manda como resposta ao fotógrafo que, chegando em Cuba, não encontrou fatos que justificassem sua permanência: “Arranje as imagens que eu arranjo a guerra”. O que Hearst publicou no New York Morning Journal e aquilo com que Kane levou à liderança o New York Inquirer levou, de fato, à guerra e à independência cubana, sob a forma de protetorado norte-americano, em 1898, durante o Governo McKinley. Mais do que isso, porém, Hearst e seu “igual”, Kane, com suas ambições políticas – com que, no fundo, se relaciona toda e qualquer atividade de imprensa –, escancaram a confusão existente entre e ilusão e verdade na comunicação de massa. Provaram o poder que há nas asas da imaginação de um político que, mais do que uma idéia na cabeça, tem a imprensa nas mãos.



sábado, 1 de novembro de 2008

Dançarinos da África

31/10/2008 a 30/11/2008
Centro Cultural José Bonifácio
Rua Pedro Ernesto, 80 - Gamboa


Na exposição "Dançarinos da África", Antoine Tempé apresenta 15 imagens de artitstas do Benin, Burkina Faso, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Mali, Senegal, África do Sul , Zimbábue. Elas serão publicadas em um livro. Alguns dos dançarinos vão se apresentar, este ano, no Festival Panorama da Dança no Rio

Tempé aproximou-se da dança contemporânea na África no ano de 2001, quando realizava uma jornada fotográfica em Madagascar. Naquele momento, no 4º Encontro Coreográfico da África e do Oceano Índico, em Antananarivo, ele fez seus primeiros retratos de bailarinos africanos. Desde então, acompanha os passos de seus modelos desde seus locais de ensaio e treinamento na áfrica até suas tournés pela Europa e Estados Unidos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alianças do segundo turno garantem a Paes maioria na Câmara

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) anunciou na tarde desta terça-feira (28) o futuro secretário municipal de Saúde. Será o diretor do Instituto Pró-Cardíaco, Hans Dohmann, 43 anos. Durante a campanha, Paes havia prometido que o nome seria anunciado no dia seguinte à eleição, para iniciar os trabalhos de combate à dengue.

"A população carioca, infelizmente, vive todo o tipo de angústia quando precisa do sistema público de saúde. Dohmann foi um dos colaboradores da nossa proposta de governo e já começamos a trabalhar desde cedo", declarou Paes, que também anunciou a vinculação da atual Secretaria Municipal de Defesa Civil à Secretaria de Saúde.

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Alianças do segundo turno garantem a Paes maioria na Câmara

Na colcha de retalhos que forma a Câmara de Vereadores do Rio - 21 partidos ocuparão as 51 cadeiras -, o prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB) costurou, durante o segundo turno da campanha, maioria para governar em 2009. A coligação "Unidos pelo Rio" (PMDB-PP-PTB-PSL) fez apenas nove vereadores, mas, contando os partidos que se juntaram a Paes depois da peneira do primeiro turno, o novo prefeito terá 32.

O PMDB de Paes e do governador Sérgio Cabral elegeu cinco vereadores, o PP, 3 e o PTB, 1. Somam-se a esses os nomes do PDT, que concorreu no primeiro turno com Paulo Ramos, o PTdoB, do candidato derrotado Vinícius Cordeiro, e o PT, de Alessandro Molon, cada qual com 3 assentos na Câmara.

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Paes anuncia primeiro secretário da futura administração carioca

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), anunciou no início da tarde desta segunda-feira (27) o primeiro nome a integrar seu secretariado, a partir da posse, em 1º de janeiro. O deputado estadual Pedro Paulo (PSDB) foi apontado como futuro secretário-chefe da Casa Civil, além de coordenador da transição entre Paes e Cesar Maia (DEM).

Pedro Paulo tem 34 anos, é formado em economia e pós-graduado em Análise da Conjuntura Econômica pela UFRJ, além de ser mestre em Política Aplicada pela FIIAP, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores da Espanha. Ele começou a carreira como chefe de gabinete do então vereador Eduardo Paes, no início dos anos 1990. Eleito deputado estadual com 31.355 votos, pelo PSDB, partido do qual Paes era membro e que indicou o vice-prefeito na chapa de Fernando Gabeira (PV), Pedro Paulo apareceu como um dos "infiéis" destas eleições e está sob ameaça de expulsão do partido.

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Rosinha vence, agora de fato, em Campos de Goytacazes (RJ)

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Eduardo Paes dedica vitória a Cabral e agradece Lula

Cerca de 200 militantes acompanharam o prefeito no comitê de campanha do Recreio dos Bandeirantes. Munidos com bandeiras e faixas, numa festa que contou com distribuição de cerveja e um caminhão que repetia o jingle da campanha, além de batucadas de samba e de funk, eles se misturaram a políticos que foram cumprimentar o peemedebista.

Além do governador Sérgio Cabral (PMDB), que acompanhou a apuração na casa do candidato, esteve presente o deputado estadual Pedro Paulo (PSDB), que já foi chefe de gabinete de Paes e está ameaçado de expulsão do partido, por infidelidade, uma vez que o candidato a vice-prefeito do candidato derrotado Fernando Gabeira (PV) preside o Diretório Regional do PSDB. Pedro Paulo, que participou de outros atos da campanha peemedebista, chegou a ser mencionado nos agradecimentos de Paes.

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Na disputa mais apertada das grandes capitais, Eduardo Paes bate Gabeira e é o novo prefeito do Rio de Janeiro

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domingo, 26 de outubro de 2008

Casal Garotinho vota em Campos e diz que ainda visa Presidência da República

A ex-governadora Rosinha Garotinho, que concorre pelo PMDB à Prefeitura de Campos dos Goytacazes, votou no fim da manhã, na seção eleitoral instalada na Faculdade de Direito do município. Acompanhada do marido, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB), que concorreu à Presidência da República, em 2002, ela comentou sobre a possibilidade de tornar-se a primeira mulher a ser eleita para o executivo campista:

"Além de poder ser a primeira prefeita de Campos, eu sou a primeira mulher eleita governadora do estado do Rio de Janeiro. Me permito até uma previsão para o futuro: quem sabe um dia não serei a primeira mulher presidente do Brasil", comentou, aos risos.

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Bom Jesus e Santo Antônio aguardam nova votação

Durante visita a Campos dos Goytacazes, neste sábado (25), o presidente do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Rio, desembargador Alberto Motta Moraes, informou que as eleições de primeiro turno em Bom Jesus do Itabapoana e Santo Antônio de Pádua foram anuladas. Os dois municípios do Noroeste Fluminense terão novas eleições, em data ainda a ser definida pelo tribunal, porque a presença de irregularidades eleitorais nas principais candidaturas levou a que a de votos nulos e anuláveis fosse superior a metade do total.

"Em Bom Jesus do Itabapoana, já está definido que haverá eleição suplementar. Em Santo Antônio de Pádua, dependemos de definição do TSE, mas tudo indica que vai haver nova eleição. Em Bom Jesus, os votos nulos e os anuláveis foram de 80%. Se os votos anuláveis somarem mais de 50%, tenho de fazer nova eleição", declarou o desembargador, à imprensa.

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sábado, 25 de outubro de 2008

Com empate, decisão no Rio vai ser voto a voto, segundo Ibope

A última pesquisa do Ibope sobre o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, divulgada neste sábado (25), aponta que Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB) permanecem tecnicamente empatados, dada a margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Paes aparece com 51% dos votos válidos, contra 49% de Gabeira. Na pesquisa anterior, datada de 22 de outubro, os dois candidatos apareciam com 50% dos votos válidos.

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Paes e Gabeira elogiam último debate

Logo após o encerramento do debate, na TV Globo, na noite desta sexta-feira (24), Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) avaliaram como positiva suas participações. Foi o último enfrentamento dos dois, cara-a-cara, antes do resultado das urnas, que definirá o novo prefeito do Rio de Janeiro.

"Foi uma oportunidade dada à população do Rio de Janeiro e aos candidatos, para que expusessem um pouco daquilo que a gente propõe para o Rio de Janeiro. Foi um debate de alto nível, no qual os candidatos discutiram as questões da cidade. Estou muito feliz e, claro, esperando o voto dos eleitores, neste domingo", comentou o candidato do PMDB, para quem o debate teria vantagens em relação à propaganda eleitoral gratuita.

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Paes e Gabeira travam debate tenso na Globo

Os candidatos Eduardo Paes (PMDB-PP-PSL-PTB) e Fernando Gabeira (PV-PSDB-PPS) travaram um debate escorregadio, no último debate antes do segundo turno das eleições do Rio de Janeiro. O peemedebista lançou questões para tentar mostrar que o adversário não conhece determinadas regiões da cidade, sobretudo na zona oeste. Gabeira, por outro lado, lembrou o apoio de milicianos à candidatura de Paes.

No primeiro bloco, com perguntas de tema livre feitas pelos dois concorrentes, o deputado Gabeira pediu que Paes explicasse as afirmações de campanha de que seria, o peemedebista, o candidato da integração entre a Prefeitura e os governos estadual e Federal. Foi a deixa para Gabeira esclarecer que “tanto o presidente quanto o governador respeitam os candidatos, não importa quem seja” e citar o caso paulista, que não perdeu recursos federais por ser administrada por um prefeito de oposição.

“Pode parecer coisa óbvia, mas o que tem acontecido nos últimos 20 anos é que o atual prefeito, que apóia o candidato Fernando Gabeira, é campeão em conflitos e é incapaz de se relacionar com os demais níveis de poder”, respondeu Paes, na tréplica, para lembrar o apoio de Cesar Maia à chapa do PV.

“Quais são suas evidências para dizer que, na minha gestão, Cesar Maia sai por uma porta e entra por outra?”, inquiriu o candidato do PV, pouco depois, para obter de Paes a acusação de que ele, Gabeira, esconderia o apoio de Maia. O peemedebista afirmou, ainda, que ele, ao contrário, tinha seus apoios divulgados pela imprensa e não escondeu estar com Maia, na época em que foi subprefeito.

“Seria o mesmo que dizer que o deputado Jorge Babu, que o apóia, traria as milícias pelas portas dos fundos para ocupar sua prefeitura”, revidou Gabeira, que disse só ter encontrado o prefeito cinco vezes na vida e lembrou que Babu (PT), perseguiu militantes do PV em Campo Grande e em Santa Cruz. “Você diz desse prefeito que me apóia, mas eu poderia dizer assim: o Jorge Babu, que te apóia, de vez em quando é acossado pela Polícia Federal. Isso não significa que você está absolutamente desqualificado para discutir a ordem pública”, Gabeira voltou à questão, no início do segundo bloco, após pergunta de Paes.

A partir daí, Paes tentou fazer com que Gabeira escorregasse em duas perguntas. Na primeira, inquiriu sobre as atribuições que a Prefeitura assumiu em relação ao saneamento, sem identificar quais eram elas. O candidato do PV também não discriminou os projetos e preferiu falar genericamente sobre o saneamento da zona oeste, que seriam o “maior problema ambiental do Rio de Janeiro”. O peemedebista, em seguida, afirmou que a Prefeitura assumiu os sistemas da zona oeste e das favelas, mas não fez qualquer obra, apesar de receber R$ 60 milhões da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

Na segunda oportunidade, já no terceiro bloco, Paes perguntou sobre as propostas de Gabeira para o pólo de Inhoaíba. “O pólo de Inhoaíba é o nosso 25º pólo”, respondeu o deputado federal, ao propor a transformação do trem de Santa Cruz, na mesma região, em metrô de superfície. Visivelmente desconcertado com a resposta, Paes, que esperava provar o desconhecimento do adversário sobre a zona oeste, engasgou e não soube o que comentar, durante a réplica. Obteve risos da platéia e ironia do adversário. A tática, porém, já havia funcionado parcialmente no primeiro bloco, quando o peemedebista citou os bairros de Costa Barros e Barros Filho, na “região da cidade com o menor índice de desenvolvimento humano”.

Com perguntas delimitadas por temas sorteados, o quarto bloco foi o que apresentou mais discussões de propostas e menos truques de um debatedor contra o outro. Paes defendeu a atuação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas e discorreu sobre a progressão de impostos como o ISS e o IPTU, que seria diminuído para empresas que se instalassem em regiões abandonadas, como a da Leopoldina. Gabeira propôs a implantação do bilhete único na rede de transportes e garantiu que o aparelhamento dos postos de saúde da Prefeitura seria uma opção mais econômica e eficaz para resolver os problemas de saúde.

Em suas considerações finais, os dois candidatos agradeceram aos telespectadores e lembraram suas trajetórias. Paes citou sua aliança com os governos estadual e Federal e Gabeira comentou sobre sua atuação contra a ditadura e sobre os panfletos apócrifos que circularam contra sua candidatura, ao longo do segundo turno.


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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Servidores estaduais pregam boicote contra Paes, candidato do PMDB

Na antiga capital do Brasil, que concentra cerca de 270 mil servidores federais e estaduais, a candidatura de Eduardo Paes (PMDB) enfrenta a revolta do serviço público. Na quinta (23), cerca de 200 servidores da Polícia Civil e das áreas de saúde e educação do Estado do Rio de Janeiro marcharam nas ruas próximas ao prédio onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB). Como na paralisação do funcionalismo do judiciário, na quarta (22), os manifestantes levaram faixas com a mensagem "Servidor: não vote nos candidatos do PMDB".

"No primeiro turno das eleições municipais do Estado do Rio, os apoiadores de Cabral sofreram muitas derrotas, o que enfraqueceu politicamente o governador. Ele conta com a eleição de seu aliado Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, para minimizar os efeitos da derrota eleitoral, que enfraqueceram sua influência política", explicou, por meio de nota, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro, que reivindica a unificação da data-base, a reposição de 66% sobre o vencimento básico inicial e a incorporação das gratificações.

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Às vésperas da eleição, flagrantes de infidelidade partidária no Rio

Como no primeiro turno, flagrantes de infidelidade explícita marcaram a última semana de campanha pela Prefeitura do Rio. Embora sejam membros de partidos comprometidos com a candidatura de Fernando Gabeira (PV), os vereadores Luiz Carlos Ramos (PSDB) e Silvia Pontes (DEM), que não se reelegeram, subiram no palanque de Eduardo Paes (PMDB), durante ato no Centro do Rio, nesta quinta-feira (23). Na quarta (22), foi o deputado estadual Pedro Paulo (PSDB) quem traiu a determinação do partido, que indicou o vice na chapa do PV.

Na comemoração pela subida nas pesquisas que o PMDB promoveu junto com entidades estudantis, em um restaurante da zona sul, nesta quarta-feira (22), o deputado apareceu pouco depois de Paes e manteve-se anônimo, em conversa com a candidata derrotada do PCdoB, Jandira Feghali. Flagrado pelo UOL Eleições, Pedro Paulo deixou o restaurante ao ver a aproximação de fotógrafos e se negou a dar declarações.

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No Rio, voluntários fazem mobilização e tentam atrair indecisos na campanha pela Internet

A propaganda eleitoral no rádio, na TV e na Internet não é mais permitida a partir da meia-noite desta sexta-feira (24), ao menos oficialmente. Iniciativas voluntárias têm percorrido a rede mundial de computadores nos últimos dias de campanha, tanto com o envio de mensagens anônimas que disseminam boatos, quase sempre duvidosos, quanto com a promoção de mobilizações que conclamam os eleitores a sair da frente dos computadores e ir para as ruas do Rio, neste fim de semana decisivo.

Em seus programas de TV, Fernando Gabeira (PV) reconheceu que boa parte de seu sucesso no primeiro turno deveu-se à ação da militância online. O candidato tem vídeos entre os mais acessados nos portais de compartilhamento e pede sempre que os eleitores confiram a página dele na Internet. Segundo a coordenação de campanha do PV, a rede permite a interação ilimitada com informações, de um modo inteiramente novo, próximo ao que fomentou a campanha de Barack Obama nas eleições presidenciais americanas. Essa interação permitiu que o comitê oficial de Gabeira encampasse ações iniciadas por usuários domésticos, como a mobilização para doação de sangue ao HemoRio, no dia 18.

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Inaugurações de UPAs estão proibidas às vésperas da eleição, TRE teme uso em benefício de Paes

O governador Sérgio Cabral (PMDB) inaugurou nesta quarta-feira (22), em Realengo, na zona oeste, a 14º UPA 24 horas, Unidade de Pronto-Atendimento, da capital fluminense. No mesmo dia, recebeu intimação do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, que proíbe novas inaugurações até o domingo de votação.

De acordo com o juiz da Fiscalização da Propaganda Eleitoral, Fábio Uchôa, as inaugurações poderiam beneficiar o candidato Eduardo Paes (PMDB), que concorre à Prefeitura do Rio com apoio do governador. "A utilização dessas inaugurações é uma agressão ao princípio da igualdade que deve nortear a campanha eleitoral, porque o candidato está se valendo disto para tentar captar mais votos. Todos sabem que ele tem o apoio do governador", justificou o juiz.

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Ministra Dilma reforça campanha de Paes, no Rio

Depois do ministro da Justiça, foi a vez da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, reforçar a escalação petista na campanha de Eduardo Paes (PMDB) à Prefeitura do Rio. A ex-guerrilheira gravou participação para o programa de TV do peemedebista, após reunir-se com ele, em encontro vedado à imprensa, por cerca meia hora, na tarde desta quarta-feira (22), em um hotel de Copacabana.

"Tive uma reunião de trabalho com a ministra Dilma e com o vice-governador Pezão, que são os comandantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aqui no Rio. Eu manifestei o desejo de levar o PAC para outras comunidades, como o Complexo da Penha e o Complexo do Lins", revelou Paes, que também teria apresentado a possibilidade da utilização de terrenos do governo federal em áreas do subúrbio para a construção de projetos habitacionais voltados à população de baixa renda. "Trata-se de áreas com infra-estrutura urbana já consolidada e que poderão ser revitalizadas com esse projeto", concluiu.

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Paes comemora pesquisas com movimento estudantil

O movimento estudantil trocou Fernando Gabeira (PV), ex-militante durante o regime militar, por Eduardo Paes (PMDB). Em um ato no Café Lamas, no Flamengo, ponto de encontro da esquerda carioca, nesta quarta-feira (22), o peemedebista comemorou a virada nas pesquisas da disputa pela Prefeitura do Rio e recebeu o apoio da UNE e da UEE-RJ, respectivamente uniões nacional e estadual dos estudantes.

O encontro foi organizado pelo deputado federal Leonardo Picciani (PMDB), filho do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), que apóia Paes. A candidata derrotada do PCdoB, no primeiro turno, Jandira Feghali e lideranças históricas do movimento estudantil, como Vladimir Palmeira (PT), além do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB) e do ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior (PCdoB), ambos ex-presidentes da UNE, tentaram, a todo o momento, vincular as candidaturas de Gabeira ao prefeito Cesar Maia (DEM) e a de Paes, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Decisões judiciais definirão resultado eleitoral em Campos

A chance de o futuro prefeito não ser conhecido após as apurações deste domingo (26) é real em Campos dos Goytacazes. No município do norte fluminense, Rosinha Garotinho (PMDB) e Arnaldo Vianna (PDT) esperam obter na Justiça Eleitoral a vitória que pode não vir nas urnas. Enquanto a ex-governadora aguarda o julgamento sobre a validade do registro de candidatura do pedetista, Vianna espera pela impugnação da rival.

De acordo com o pedido apresentado pelo PDT à Justiça Eleitoral de Campos, o candidato a vice-prefeito na chapa de Rosinha , Dr. Chicão, teria se desligado da função de médico do Corpo de Bombeiros fora do prazo estabelecido em lei, o que seria suficiente para a impugnação da chapa. No entanto, segundo a advogada da peemedebista, Rosely Pessanha, a acusação é falsa e visa apenas embaralhar mais a cabeça do eleitor campista. Rosely respondeu a Vianna com uma ação por litigância de má fé.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vice de Paes, Muniz atua na coordenação de campanhas

Carlos Alberto Muniz concorreu apenas uma vez a um cargo eletivo, mas pode tornar-se vice-prefeito do Rio de Janeiro se as urnas favorecerem Eduardo Paes (PMDB), no próximo domingo.

"Não vou ser um vice para substituir o prefeito em eventos ou durante as viagens. Pretendo ajudar na administração do município e seguirei o modelo de ajudar o administrador da cidade", revela Muniz, que é secretário-adjunto do Diretório Regional do PMDB e diz inspirar-se no exemplo do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

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Gabeira faz a cama na zona oeste

A quatro dias da votação que vai decidir o 2º turno das eleições no Rio, Fernando Gabeira (PV) passou a noite de terça-feira (21) para quarta-feira (22) na casa de um militante do PSDB, em Bangu. Ele esteve acompanhado por uma das filhas, a surfista Maya Gabeira, e assessores. Acusado pelo adversário, Eduardo Paes (PMDB), de fazer "turismo eleitoral" e de desconhecer a zona oeste da cidade, o deputado federal afirmou que o pernoite seria "uma forma de estar mais perto dos problemas da comunidade".

O endereço e a identidade da família que hospedou o candidato não foram identificados, a fim de "preservar a tranqüilidade da família", segundo a assessoria do PV. A casa de classe média, porém, foi oferecida ao deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), que concorre como vice na chapa de Gabeira e é natural do subúrbio carioca, por correligionários que devem acompanhar os candidatos em uma carreata por Bangu, logo na manhã desta quarta. Já antes das 10h, eles têm uma reunião marcada com lideranças evangélicas, em Campo Grande.

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Déficit de 800 mil imóveis exige solução do sucessor de Cesar Maia

Considerado o "maior programa de inclusão social do mundo", o Favela-Bairro é uma das heranças da gestão de Cesar Maia que os dois concorrentes no segundo turno das eleições cariocas não rejeitam. Tanto Eduardo Paes (PMDB) quanto Fernando Gabeira (PV) prometem manter o programa, que beneficiou cerca de 600 mil pessoas, desde 1994, mas não solucionou o déficit habitacional do Rio de Janeiro, de cerca de 800 mil imóveis.

Historicamente, a formação de favelas tem sido a alternativa encontrada pela população. Foi com a ocupação do Morro da Providência, após a Guerra de Canudos, em 1897, que surgiu o conceito de favela. Segundo o Instituto Pereira Passos, dos 160 bairros da cidade, 135 abrigam um total de 750 favelas. Embora a remoção já tenha feito parte de políticas públicas, desde que a cidade constituía o Estado da Guanabara, ela é palavra proibida na campanha eleitoral.

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Cúpula petista sobe a Serra em busca da vitória em Petrópolis

De acordo com as pesquisas, Paulo Mustrangi (PT) não vai ter dificuldades para se tornar o futuro prefeito de Petrópolis. Os números do Ibope divulgados pelo jornal Tribuna de Petrópolis, nesta terça-feira (21), dão ao petista 51% das intenções de voto, contra 34% de Ronaldo Medeiros (PSB). Mesmo com essa vantagem, líderes do PT decidiram subir à região serrana a fim de garantir a 11ª vitória do partido no Estado do Rio.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o deputado federal Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT, agendaram compromissos conjuntos de campanha com Mustrangi. Na quarta-feira (22), o candidato receberá deputados federais e estaduais do partido, em um jantar de apoio. O prefeito reeleito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, e a secretária estadual de Assistência Social, Benedita da Silva, também integram a caravana petista que esteve no município, após a apuração do dia 5.

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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Fim da aprovação automática une Gabeira a Paes

No debate deste domingo (19), na TV Record, a troca de acusações entre os dois candidatos que disputam a Prefeitura do Rio deu lugar a um único consenso. Tanto Fernando Gabeira (PV) quanto Eduardo Paes (PMDB) prometeram acabar com a aprovação automática, definida em abril do ano passado pela Resolução 946, derrubada na Câmara, mas incorporada nas escolas da rede municipal.

"Temos que eliminar a aprovação automática e avaliar as crianças que estão na escola e os professores. Não é demérito monitorar os professores. Precisamos avaliar também se o que ensinamos é adequado. Precisamos fortalecer o trabalho das 'explicadoras' e estimular a entrada de estudantes de pedagogia através de convênios com universidades", defendeu Gabeira.

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Corrente do PT quer investigação sobre panfletos contra Gabeira

A contratação de uma gráfica para impressão de 3 milhões de panfletos contra a candidatura de Fernando Gabeira (PV) vai custar mais do que uma investigação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ao PT carioca. Uma das correntes do partido, de viés moderado, a Opção Socialista, formalizou à executiva municipal do PT o pedido para uma reunião extraordinária da comissão de ética.

Integrada por prefeitos do interior do Estado, além do ex-prefeito Saturnino Braga, a Opção Socialista quer uma investigação sobre o porquê da decisão de produzir o material não ter sido submetida a qualquer instância de discussão interna. Segundo eles, o PT também precisa explicar o gasto de R$ 42 mil na confecção dos panfletos, valor superior ao investido na campanha do candidato petista ao primeiro turno, Alessandro Molon, que declarou ter recebido apenas R$ 28 mil do partido.

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Candidato a vice, Luiz Paulo faz ponte entre Gabeira e o movimento negro

Candidato a vice-prefeito do Rio na chapa de Fernando Gabeira (PV), o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) encontrou-se, na última sexta-feira (17), com lideranças do movimento negro carioca. A reunião, promovida na sede da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro (Comdedine), ocorreu dois dias depois do candidato do PMDB, Eduardo Paes, ter participado de um ato com lideranças negras, na sede da Federação dos Blocos de Afoxé, em companhia do ministro da Integração Racial, Edson Santos.

A ligação de Luiz Paulo com a população negra do Rio já lhe rendeu, durante a campanha, homenagens do Instituto Dona Isabel I (IDII), que resgata a temática abolicionista. Esse trânsito, aliado a uma base eleitoral concentrada nos subúrbios da Central, garantiria, segundo o candidato a vice, uma "força complementar" à chapa encabeçada pelo PV.

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Paes reconhece "equívoco" em mudanças partidárias e pede respeito a Gabeira

Temas recorrentes da campanha pela Prefeitura do Rio marcaram o segundo debate televisivo entre Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB), na noite deste domingo (19). A construção da Cidade da Música, as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) 24 horas, a aprovação automática e o questionamento sobre fidelidade partidária e descriminalização da maconha estiveram no foco da transmissão da TV Record.

No primeiro bloco, uma jornalista da emissora questionou Gabeira sobre a obra da Cidade da Música, na qual foram empenhados quase R$ 600 milhões pelo atual prefeito Cesar Maia (DEM), que apóia o candidato do PV. Gabeira ressaltou que o apoio de Maia é apenas um entre os outros que tem, além de afirmar "sempre" foi contra a construção da casa de ópera da Barra da Tijuca.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Paes e Gabeira permanecem empatados, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha sobre o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, divulgada nesta sexta-feira (17), aponta uma pequena vantagem de dois pontos para Fernando Gabeira (PV) sobre o adversário Eduardo Paes (PMDB). Os dois estão tecnicamente empatados, dada a margem de erro, que é de três pontos percentuais, para mais ou para menos

Gabeira aparece com 44% das preferências, contra 42% do peemedebista. Na pesquisa anterior, datada de 9 de outubro, o candidato do PV tinha 43%, ante 41% de Paes.

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PT assume autoria de panfletos contra Gabeira

O presidente do Diretório Municipal do PT, Alberes Lima, confirmou que os panfletos apreendidos na tarde desta sexta-feira (17) pela equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) foram encomendados pelo partido. No folheto, que foi distribuído no Largo do Machado, zona sul do Rio, aparecem as fotografias do prefeito Cesar Maia e do candidato Fernando Gabeira (PV) com o sinal de soma entre eles. No verso, consta a inscrição "diga não à continuidade do prefeito Cesar Maia. Pense nisso!".

"O material foi feito por nós, faturado na fábrica. Ele tem o CNPJ do PT", admitiu Alberes, que, no entanto, negou a presença de qualquer irregularidade. "Não há motivo para a apreensão, porque o panfleto não é apócrifo. Nós só dizemos que o Gabeira é apoiado pelo Cesar Maia e o povo tem o direito de saber disso", tentou se justificar.

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Juventude ligada ao PCdoB desmente apoio a Rosinha em Campos

Candidata a prefeita de Campos dos Goytacazes pelo PMDB, a ex-governadora Rosinha Garotinho anunciou o apoio da UJS (União da Juventude Socialista) em seu primeiro programa de TV, na segunda-feira (13), mas foi desmentida nesta semana. O grupo é ligado ao PC do B, partido de Odete Rocha, terceira colocada no primeiro turno, com 26.952 votos, que anunciou neutralidade na disputa entre a peemedebista e Arnaldo Vianna (PDT).

"A UJS não vai se vender por blusa ou qualquer coisa parecida", desabafou Monique Lemos, secretária de organização da executiva estadual da UJS, que mantém o diretório municipal da entidade sob intervenção. "Nós destituímos a antiga direção. A UJS reafirma sua posição pela neutralidade e não apóia Rosinha na disputa. Eles não mais respondem pela UJS em Campos. Vamos entrar com processo de expulsão de André, por descumprimento de determinação", declarou a secretária, fazendo referência a André Lacerda, o presidente destituído da UJS campista.

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Rosinha abre vantagem sobre Vianna em Campos (RJ)

A primeira pesquisa do Ibope para o segundo turno das eleições em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, aponta vantagem de 13 pontos para a ex-governadora Rosinha Garotinho (PMDB), sobre o ex-prefeito Arnaldo Vianna (PDT), que concorre enquanto aguarda por nova decisão judicial para ter confirmado seu registro de candidatura.

Rosinha aparece com 49% das preferências, contra 36% do pedetista, segundo a pesquisa, divulgada na noite desta quinta-feira (16) pela InterTV, afiliada da Rede Globo em Campos. Votos em branco e nulos somaram 7% e outros 7% dos entrevistados não responderam ou não decidiram em quem votar. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Repercussão

Matéria reproduzida na coluna de Ricardo Noblat, em O Globo, um dos blogs políticos mais importantes do país:

Padres classificam encontro com Paes de "arapuca política"

Ministros entram na campanha por Paes

O ministro da Justiça Tarso Genro (PT) reforçou o duelo de alianças pela Prefeitura do Rio com a gravação de um depoimento para o programa eleitoral de Eduardo Paes (PMDB), na tarde desta quinta-feira (16). Os dois se encontraram em um hotel de Copacabana, onde o ministro também posou para fotos ao lado do peemedebista, antes de ir ao encontro do governador Sérgio Cabral, com quem participa do lançamento de um programa de habitação voltado a policiais de baixa renda.

Foi Cabral quem promoveu o encontro com Tarso Genro, após obter para seu candidato o apoio do presidente Lula, que gravou, no dia 10, as inserções nas quais aparece no programa de TV de Paes. No debate promovido pelo jornal "Folha de S. Paulo", nesta quinta (16), o peemedebista disse que pedia desculpas por afirmações pessoais feitas contra o presidente, na época em que foi relator da CPI dos Correios e estava no PSDB. O ministro também relevou a situação e declarou que era preciso rever o passado:

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Governo do Estado desmente acusação de Cesar Maia de que antecipação de feriado é eleitoreira

A secretaria de Estado da Casa Civil divulgou nota na qual desmente acusações de que a antecipação do feriado pelo Dia do Funcionário Público, de 28 para 27 de outubro, teria o objetivo de influenciar na votação do segundo turno, no dia 26. Segundo a secretaria, o Governo do Estado apenas seguiu a antecipação promovida pelo Governo Federal, com a finalidade de evitar a existência de um dia útil entre o domingo e o feriado.

"A experiência mostra que em situações como essa há diminuição da produtividade dos servidores", explicou a nota, assinada pelo secretário Regis Fichtner. "Essa decisão, surpreendentemente, está sendo interpretada como uma tentativa de se prejudicar um dos dois candidatos a prefeito no segundo turno, no dia 26 de outubro. Tal ilação é absolutamente fantasiosa", prosseguiu.

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Padres classificam encontro com Paes de "arapuca política"

Embora a Igreja Católica negue possuir candidatos, um encontro entre Eduardo Paes (PMDB) e cerca de 100 padres, na tarde da quarta-feira (15), revela que a aliança entre religião e política partidária não ficou relegada ao primeiro turno das eleições no Rio de Janeiro. Durante o almoço, na casa do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foram tratadas "questões da cidade", segundo o peemedebista, mas vários sacerdotes saíram com material de campanha nas mãos.

"Esse encontro que aconteceu ontem foi uma grande arapuca. Eu fui convidado, mas não pude ir. No convite, também não foi dito sobre o que se tratava a reunião e sobre seu uso político. Nós temos que tomar muito cuidado, porque querem nos instrumentalizar nesta campanha", acusou Frei Neylor, sacerdote franciscano do Convento de Santo Antônio.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Presidente da Câmara do Rio tem candidatura cassada pelo TRE

Acusado pelo crime de compra de votos, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador reeleito Aloísio Freitas (DEM) teve o registro de candidatura cassado pelo TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral do Estado. A juíza Ana Lúcia Vieira do Carmo, responsável pela proclamação dos resultados na cidade, atendeu a ação apresentada pelo vereador eleito Sebastião Ferraz (PMDB), com parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE). A sentença foi publicada nesta segunda-feira (13) no Diário Oficial e o prazo para recurso é de 72 horas contadas da publicação. Procurada pelo UOL Eleições, a assessoria do vereador na Câmara não quis emitir declarações e não informou se ele vai recorrer.

Na denúncia apresentada por Ferraz, foram anexadas fotos de obras realizadas pela Subprefeitura do Grande Méier nas quais aparece sempre uma Kombi de propaganda eleitoral do democrata. Irmão de Aloísio, o subprefeito Vicente Freitas teria promovido o asfaltamento de ruas, a revitalização de escadarias do bairro e serviços como a poda de árvores, durante o período de campanha.

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Paes consegue impedir menção a apoio de Marina Silva na campanha de Gabeira

Na guerra de liminares propostas pelos candidatos à Prefeitura do Rio neste segundo turno, Eduardo Paes (PMDB) tem levado a melhor sobre Fernando Gabeira (PV). Na noite dessa terça-feira (14), o juiz Cezar Augusto Costa, do TRE-RJ, Tribunal Regional Eleitoral, aceitou pedido do PMDB para que Gabeira retire de sua propaganda eleitoral mensagem de apoio da senadora Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente.

O juiz é o mesmo que, na segunda-feira (13), negou ao PV liminar para que Paes deixasse de veicular imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata Jandira Feghali (PCdoB), derrotada no primeiro turno.

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

TSE muda resultado das eleições em Itaboraí e São Pedro da Aldeia

Sérgio Soares (PP) e não Audir Santana (PSC), como havia sido declarado antes, é o prefeito eleito de Itaboraí. Nesta segunda-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolheu o recurso de Soares contra decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que havia impugnado sua candidatura. Os votos recebidos pelo candidato do PP, que ainda estão contabilizados entre os mais de 44 mil nulos, serão considerados válido e, embora o TSE não divulgue o total, já se sabe que superam os 30.655 obtidos por Audir.

De acordo com o ministro Arnaldo Versiani, relator do recurso, o TRE-RJ não poderia ter considerado Soares inelegível. O candidato era acusado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de ter omitido a aplicação de verbas federais destinadas ao município, quando foi prefeito, entre 1989 e 1992, mas teve recurso aceito pelo TCU. A legislação eleitoral prevê a inelegibilidade apenas daqueles que tiverem as contas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível.

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Recusado por candidatos, Cesar Maia diz que previa 2º turno e derrota do DEM

Citado durante todo o debate de domingo (12) entre os candidatos à Prefeitura do Rio, o atual prefeito, Cesar Maia (DEM), foi vinculado tanto a Fernando Gabeira (PV), que tem apoio do DEM no 2º turno, quanto a Eduardo Paes, que foi seu subprefeito e "pupilo". Rejeitado pelos dois, Maia concedeu entrevista ao UOL Eleições, na qual declarou não guardar ressentimentos em relação aos candidatos que se recusam a se ligar a ele e disse que tinha consciência da derrota de Solange Amaral (DEM), desde 2007.

UOL Eleições: Como o senhor avalia o fato de o candidato Eduardo Paes ter tentando, durante o debate na TV Bandeirantes, vincular a candidatura de Fernando Gabeira ao seu nome? Cesar

Maia: Foi um erro tático. O eleitor do Gabeira da zona sul, onde a avaliação da prefeitura é pior, conhece bem a personalidade do Gabeira. Já as regiões onde a prefeitura é bem avaliada são justamente aquelas onde Gabeira precisa crescer. Foi, por isso, um tiro pela culatra.

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No Rio, paz entre Gabeira e Lucinha encerra polêmica sobre subúrbios

O candidato à Prefeitura do Rio Fernando Gabeira (PV) e a vereadora Lucinha (PSDB), reeleita para o quarto mandato com 68,7 mil votos, reataram a paz. No encontro, realizado no comitê do vereador reeleito Renato Moura (PTC), em Bangu, na noite dessa segunda-feira (13), não faltaram discursos e gestos de união entre Gabeira e Lucinha, diante de uma platéia composta por 300 pessoas, a maioria líderes comunitários da zona oeste.

"As intrigas da imprensa às vezes não ajudam, só apimentam a situação, mas já foram superadas. Gabeira teve a lucidez de buscar, pela mídia, uma forma de demonstrar o carinho que tem pela Lucinha, pela Zona Oeste e pelo subúrbio. Nós confiamos no candidato Gabeira", declarou a vereadora, após o caso do telefonema no qual o prefeiturável teria dito que Lucinha era uma "analfabeta política".

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Rastros de campanha comprometem alianças de Paes

Criticado ao longo da campanha por Eduardo Paes (PMDB), o prefeito Cesar Maia (DEM) voltou a usar seu Ex-Blog, nesta segunda-feira (13), para tornar públicos fatos antigos que contradizem o discurso atual do peemedebista.

Tanto no debate deste domingo (12) na TV Bandeirantes quanto na primeira semana de composição de alianças para o segundo turno, Paes repetiu reiteradamente que "o apoio de Cesar Maia é o único que eu não quero". Ainda, no debate, o peemedebista tentou colar a imagem do adversário, Fernando Gabeira (PV) ao prefeito, e aproveitou para criticar a construção da Cidade da Música. Em um folder da campanha a vereador de 2004, no entanto, a obra na Barra da Tijuca aparece como realização de "Guaraná (vereador), Cesar Maia e Eduardo Paes".

O folheto prossegue com a frase "além de terem sido os únicos a combater, com determinação e coragem, o processo de degradação do bairro, removendo diversas favelas", sobre a Barra, em destaque. Por outro lado, o compromisso assinado publicamente por Paes em troca do apoio do PCdoB, na sexta-feira (10), diz que "as favelas são cidade e devem ser consideradas como bairros populares e inamovíveis".

Não é apenas a questão da remoção de favelas que compromete a aliança entre Paes e o PCdoB. O Ex-Blog destacou um atalho para uma matéria do portal Vermelho, veículo eletrônico de informação do próprio Partido Comunista do Brasil, na qual Eduardo Paes é citado como "demo-tucano".

Datada de 27 de agosto, dentro do período oficial de campanha pela prefeitura, na qual o partido concorreu com Jandira Feghali, a matéria divulga um vídeo ligado ao blog Amigos do Presidente Lula, no qual se diz que "a cidade do Rio de Janeiro começa a sofrer a ameaça do picareta demo-tucano Eduardo Paes, travestido de adesista".

"Tentando surfar na alta popularidade do governo Lula, Paes tem procurado apresentar-se ao eleitor como 'aliado' do presidente. Mas o histórico de sua atuação recente como deputado federal mostra que esse é um discurso contestável", escreve o portal de notícias do PCdoB. Uma gravação do presidente, realizada na sexta-feira, em São Paulo, será veiculada no programa eleitoral do peemedebista.

Procurada, a assessoria do candidato não comentou o material divulgado por Maia.

Paes envia vice a Parada Gay

No domingo (12) de Parada Gay no Rio de Janeiro, o candidato à prefeitura do Rio pelo PMDB, Eduardo Paes, destacou seu vice, Carlos Alberto Muniz, para representá-lo no evento e assinar uma carta-compromisso contra a homofobia e pela promoção da cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). Fernando Gabeira (PV), que não compareceu à Parada, na Praia de Copacabana, também assinou o mesmo documento.

"O Eduardo Paes não pôde comparecer, mas mandou esta carta para provar que ele vai cumprir o que está prometendo em relação ao combate a homofobia", declarou Muniz, ao ser recebido pela presidente do Grupo Arco-íris, Gilza Rodrigues, e pelo coordenador-geral do evento, Cláudio Nascimento.

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Tensão e ironias marcam confronto entre Gabeira e Paes na TV

Fernando Gabeira (PV-PSDB-PPS) e Eduardo Paes (PMDB-PP-PSL-PTB) enfrentaram-se cara-a-cara em debate promovido pela TV Bandeirantes, na noite deste domingo (12). Pela primeira vez em todo o período eleitoral, os candidatos à prefeitura do Rio compareceram a um debate na televisão. Não foi, entretanto, apenas esse evento que marca a diferença do segundo em relação ao primeiro turno. O clima de cordialidade foi substituído por agressões diretas.

No primeiro e no segundo blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si e levaram para a TV episódios que marcaram a semana, como a polêmica entre Gabeira e a vereadora Lucinha (PSDB) e a agressão de um correligionário do PV por cabos eleitorais de Eduardo Paes.

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